Projeto Música no Museu leva a música clássica a plateias diversas pelo país e tem sua corajosa história contada em livro por seu criador, Sergio da Costa e Silva.
“Música no Museu é o projeto mais bem-sucedido que conheço no Brasil”
(Ana de Hollanda, ex-Ministra
da Cultura)
Era dezembro de 1997. O público lotava o salão do Museu
Nacional de Bellas Artes, no Centro do Rio de Janeiro, para assistir ao grande
violonista Turíbio Santos. A apresentação marcou a estreia do Música no Museu,
iniciativa de Sérgio da Costa e Silva, que instaurou por aqui um hábito comum
na Europa: o de levar concertos de música clássica a locais como igrejas,
bibliotecas e, claro, museus. Ele não imaginava que a iniciativa renderia
momentos antológicos. Através dela, Nelson Freire (1944-2021), um dos maiores
pianistas de todos os tempos, comemorou, em 2012, na cidade mineira de São João
Del Rei, os 60 anos de sua primeira apresentação pública. Naquele ano de 1997,
Costa e Silva certamente não imaginava que seu projeto teria desdobramentos e
que chegaria a todos os estados brasileiros e a países dos cinco continentes. E
que completaria 25 anos de existência, contabilizando um público de mais de 1
milhão de pessoas. A iniciativa tem sua trajetória contada em livro. Música no
Museu – 25 anos, uma vida é escrito pelo próprio Sergio da Costa e Silva, com
prefácio do escritor e imortal Joaquim Falcão. .A edição, cuja capa é assinada
por Miguel Paiva, chega às livrarias em dezembro, pela Editora Carpex
O livro “Música no Museu – 25 anos, uma vida” é dividido em 14 capítulos e dois apêndices e vai para além dos episódios e curiosidades relacionados ao projeto. O autor abre espaço para lembrar todos os instrumentistas que passaram pelo Projeto e agradecer aos espaços culturais que abrigaram a iniciativa assim como render homenagens as instituições que apoiaram o Projeto, sem as quais não teria sido possível chegar a esse 1\4 de século de existência. Tudo isso ricamente ilustrado pelos cartazes e programas dos concertos – assinados por grandes nomes como Carlos Bracher, Oscar Araripe e Ziraldo, entre muitos outros –, fotografias e reproduções dos registros publicados pela grande imprensa, tanto do Brasil quanto do exterior.
E são muitos os feitos relacionados ao Projeto, que
rendeu desdobramentos como o supracitado RioHarpFestival (o maior festival de
harpas do mundo e que chegou à sua 18ª edição) e o RioWindsFestival, dedicado
aos instrumentos de sopros. No ano de 2005, o Projeto chegou a Paris. Dez anos
depois, a Portugal, para as celebrações dos 725 anos da Universidade de
Coimbra, uma das mais antigas do mundo. E, em 2020, voltaria àquela instituição
nos festejos de seus 730 anos. No âmbito internacional, coube à pianista
Fernanda Canaud apresentar o primeiro concerto de música brasileira no Museu
Guggenheim de Bilbao, na Espanha.
Se coube à pianista brasileira aquela primazia, o Projeto
foi ,também, o meio escolhido por certos artistas para despedirem-se do
público. Foi numa apresentação no teatro da Academia Brasileira de Letras
(ABL), em setembro de 2022, que o grande cravista Roberto de Regina
despediu-se, aos 95 anos, dos palcos. Foi também através do Música no Museu,
que o pianista William Lehninger Swist,
fenômeno com apenas 11 anos, fez, neste ano, seu primeiro concerto no Brasil.
Uns saem de cena e outros chegam – e o show não pode
parar. A vida segue, num acaso de sucessões e encontros. E chegar a 25 anos de
trajetória é um feito a se celebrar. Como sugere de forma auspiciosa Ricardo
Tacuchian, que venham mais 25 anos de novas surpresas.
Serviço:
Autor: Sérgio da Costa e Silva
Editora: Carpex
Dia: 04 de dezembro de 2023
Local: Livraria da Travessa- Ipanema.
Sobre a obra:
Formato: 21 X 29,7 cm
Número de páginas: 260
Preço: R$ 170, 00
Nenhum comentário:
Postar um comentário