O autor, Deputado Estadual
Wellington José (PMB-RJ), reforça pedido para que estado do RJ a implemente, na
prática
No ano de 2020, 103 mil
crianças foram vítimas fatais de maus tratos no Brasil e em uma média de 75%
dos casos os agressores foram os próprios pais ou seus acompanhantes, segundo
dados da Fundação da Infância e do Adolescente (FIA) e da Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP).
No Rio de Janeiro, um dos
episódios mais comoventes de 2021 - a morte do pequeno Henry Borel (que chega a
uma nova etapa, com o julgamento da mãe e do padrasto do menino, na próxima
semana) - foi o que inspirou o deputado estadual Wellington José a criar a lei
9296/21, que estabelece a 1a Patrulha Protetora dos Direitos da Criança e do
Adolescente do País, a já batizada “Patrulha Henry Borel”.
Embora tenha sido sancionada
pelo governador Cláudio Castro há seis meses, a política pública não foi
instituída no Estado, ainda.
Para viabilizar a sua
implementação, o autor da lei destinou, recentemente, duas emendas que
totalizam R$ 2,7 milhões para o início das suas atividades. O projeto propõe
que as Patrulhas funcionem para atendimento específico às denúncias de maus
tratos a menores, utilizando a estrutura pública já existente para tanto. Os
chamados poderiam ser feitos de maneira anônima, pelo 190 ou Disque-Denúncia -
ambos já conhecidos da sociedade. As viaturas receberiam uma identificação
específica e os agentes de segurança (policiais militares ou guardas
municipais, por exemplo) atuariam de maneira protetiva à cada demanda recebida,
fiscalizando as queixas e interrompendo ciclos de violência. Essa capacitação
poderia ser obtida por meio de convênios com conselhos tutelares e delegacias
especializadas, dando aos mesmos o treinamento adequado para lidarem de maneira
mais assertiva com essas ocasiões.
“Qualificar os agentes para
que eles atuem de maneira eficaz é imprescindível. O atendimento a esses
chamados pode evitar que violências cometidas com menores terminem com a morte
deles. Os dados de maus tratos a crianças e adolescentes no País são alarmantes
e, por isso, a efetiva implantação dessa lei é tão necessária quanto urgente”
frisa o deputado, acrescentando que a pandemia colaborou para o aumento dos
casos e que a proximidade das festas de fim de ano são pontos de atenção à mais,
pois o consumo de bebida alcoólica costuma ser maior, o que pode colaborar com
o aumento de ocorrências dessa natureza.
Além de propor a utilização
da logística estadual já existente, Wellington José destinou duas emendas que
totalizam R$2,7 milhões para a implantação das Patrulhas no estado que, somente
no ano passado, recebeu cerca de 11.500 denúncias desse tipo.
"O Rio de Janeiro está
tendo a oportunidade de ser protagonista nacional quanto à defesa dos direitos
das crianças e dos adolescentes. Quantos Henrys mais perderemos? Precisamos
mudar essa realidade. Patrulha já” conclui Wellington José.
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