A mentora de carreira, Fernanda Paiva, ressalta aspectos fundamentas na trajetória e na postura profissional da atriz como um caminho para uma jornada bem sucedida em meio ao desafio feminino de conciliar múltiplas funções
Atriz
premiada, profissional, mãe, mulher…. As recentes conquistas de Fernanda Torres
representam muito para nossa arte e o povo brasileiro e, em especial, para as
mulheres. E o que a consagração da atriz com a indicação para o Oscar de Melhor
Atriz e a vitória no Globo de Ouro nos ensina sobre o desenvolvimento de uma
carreira feminina de sucesso? A pedagoga e mentora de carreira Fernanda Paiva
aponta algumas questões fundamentais em que podemos nos inspirar.
Para
Fernanda, descobrir e potencializar suas habilidades é o caminho. Mas nada de
estagnar num só nicho: experimentar e se reinventar é importante para
amadurecer
“Fernanda
percorreu da comédia ao drama, participando tanto de obras na televisão quanto
no cinema, além de publicar livros como autora e atuar como roteirista. Ela se
dedicou a desenvolver múltiplas habilidades e testar seu talento em diferentes
frentes”.
Confira
as orientações da especialista Fernanda Paiva.
Sete
Dicas para turbinar na carreira:
*Genética
não garante sucesso
Não
adianta ser ‘herdeira de talento’. Isso pode até ser o pontapé inicial, mas,
para permanecer na trilha do sucesso ou mesmo garantir o emprego, é fundamental
não se acomodar e dar seu sucesso como garantido. É preciso estar atenta ao
mercado e buscar aprender sempre e se atualizar. “Você vai crescer na
velocidade de seu talento e capacidades”, diz Fernanda Paiva.
*Diversificar
para potencializar
A
carreira artística, como muitas outras, tem vertentes múltiplas. Fernanda
Torres, além de atriz é escritora, apresentadora e roteirista. Nos tempos
atuais, em especial com o avanço digital, as profissões permitem desdobramentos
e uma diversidade de funções. Amplie seus horizontes.
*Fracasso
também é lição
Nem
sempre as conquistas vêm de primeira. Dedicação, foco e persistência precisam
se somar ao talento. Apostar alto em si mesmo. Quantos projetos nem sempre de
excelência, Fernanda Torres participou em sua jornada até ganhar tamanho
destaque internacional? Aprender e recalcular a rota também é fundamental na
trajetória.
*Projetos
próprios fazem a diferença
Nem
sempre recebemos a melhor das propostas de primeira. Então, muitas vezes é
preciso arregaçar as mangas e ser protagonista de si mesma. Fernanda Torres
chegou a comentar que é fundamental escolher seus projetos. Ela mesma, por
exemplo, adaptou seu primeiro livro “Fim”, para a TV, o transformou em
minissérie, que emplacou na Globoplay. “Brilhar requer muitas vezes acreditar e
apostar em si mesma e criar oportunidades.”, crava Fernanda Paiva.
*Valorize
as parcerias
A
mentora de carreira ressalta a importância de cercar-se de pessoas que estão no
mesmo propósito. “Invista em criar uma rede de contatos que possa crescer em
conjunto”, recomenda. E dar crédito a quem caminhou junto fortalece o time e a
conquista. Fernanda Torres sempre agradece ao diretor Walter Salles, ao
companheiro de cena Selton Mello, aos membros da equipe, à mãe Fernanda
Montenegro... Boas parcerias fazem a diferença.
*Potência,
foco e resiliência
Uma
questão comum na realidade de mães que trabalham é dificuldade de valorizar as
próprias conquistas, de pôr em prática a autoestima e enxergar a sua potência.
E olha que elas conciliam, em suas duplas ou triplas jornadas, habilidades como
foco em resultados, resiliência, gestão de conflitos, e tantas outras. “Mães
são gigantes, e merecem respeito e espaço no mercado de trabalho para crescer,
liderar e viverem seus talentos em plenitude. Ser mãe não é um peso, é uma
potência”, afirma Fernanda Paiva.
Mãe
e profissionais: a hora da colheita
Fernanda
ressalta que as conquistas da atriz servem de inspiração para as mulheres. E
nessa caminhada há muitas pioneiras. “Quando se é mulher e mãe, aprendemos que
as nossas vitórias não são somente nossas. Quando uma mãe prospera, ela faz
isso por si e por sua família. O movimento de uma mãe nunca é solitário. Então,
que a gente saiba honrar quem veio antes abrindo espaço, e construir para quem
virá depois“, encerra Fernanda Paiva.
