Apesar de serem menos populares que os implantes nos seios, próteses
para o bumbum estão virando moda. Pesquisa revela que quase 10 mil
gluteoplastias foram realizadas em 2010
Uma boate da Zona Sul de São Paulo foi o palco da
final do primeiro Miss Bumbum Brasil, concurso promovido pela revista
"Sexy" para eleger a dona do derrière mais bonito do país, no final
do mês passado. Das 26 candidatas que iniciaram a disputa, 15 foram
selecionadas para a final e a campeã foi Rosana Freitas, do Ceará, que levou R$
5 mil de prêmio. Para uma coisa este concurso serviu, além de provocar o
delírio masculino: a bunda feminina nunca esteve tão em evidência. No caso das meninas do concurso, a parte em evidência é
natural, mas com a ajuda da cirurgia plástica elas já podem ser conquistadas no
tamanho e formato que as donas quiserem exibir.
O que a apresentadora Ana Maria Braga e a
dançarina de funk Valesca Popozuda têm em comum? Um bumbum
remodelado. As duas passaram por uma cirurgia plástica para turbinar a parte do
corpo que é preferência nacional. A gluteoplastia, procedimento
de implante de silicone nos glúteos, ainda é menos procurada do que a
prótese de mama, mas os números de adeptas vêm crescendo significativamente no
Brasil e no mundo, principalmente depois que a intervenção virou moda
entre as celebridades. Mas o caso da funkeira Valesca Popozuda
impressiona. A dançarina estava achando seu já avantajado traseiro pequeno,
meio caído, e trocou a prótese de silicone que já tinha de 350 ml para
550 ml.
Bizarro é pouco. Cláudio Bicudo alerta: “Todo
procedimento deve ter bom senso e ser de acordo com o biótipo da paciente.
Exageros são inaceitáveis e chegam à beira da dismorfia que deve ser cuidada
com tratamentos psicológicos”.
O bumbum é uma das partes do corpo da mulher mais
admiradas pelo público masculino. O professor Gilberto Freyre, que estudou
as raízes brasileiras sociológicas em Casa-Grande &
Senzala, concluiu que, entre tantos exemplos, inicialmente as mulatas,
“por terem um andar ondulante e volúpia sexual”, encantaram os europeus que
aportaram em terras tupiniquins. O fato é que, ainda hoje, o bumbum é a
preferência nacional. “Nove entre dez homens elegem os glúteos como o que há de
mais bonito na anatomia feminina. Um bumbum durinho, livre de celulites, povoa
a imaginação masculina”, afirma o coordenador técnico e cosmetólogo Hélito
Abreu, da InCorpore Centro Estético, no Rio de Janeiro, que recebe o respaldo
do cirurgião plástico Cláudio Bicudo.“No último ano, observamos o crescimento
muito grande na procura por prótese de silicone no glúteo”, diz o médico.
Apesar de serem bem menos populares que os implantes
nos seios, as próteses para o bumbum estão caindo no gosto das brasileiras. Uma
pesquisa do Ibope, encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP), revela que quase 10 mil gluteoplastias foram realizadas em 2010. O
número é quase duas vezes maior que o registrado em outra pesquisa de anos
anteriores, de 8091 operações.
Exageros são maléficos
Bicudo aponta que uma das vantagens do implante é ter
o resultado mais previsível. Na lipoescultura, outro procedimento para melhorar
a aparência do bumbum, o resultado não é 100% garantido. O método consiste em
retirar o excesso de gordura de outras partes do corpo, como do abdômen, e
colocar no glúteo. Mas essa gordura pode ser reabsorvida nos três meses após a
operação. “Até 20% da gordura é reabsorvida”, alerta o cirurgião.
Cuidados são necessários
Quem faz gluteoplastia não pode tomar injeções no
bumbum, porque há risco da agulha romper o silicone. As injeções
intramusculares passam a ser aplicadas na coxa. Isso significa que aquela
bezetacil dolorida vai ficar ainda mais incômoda. Outro problema é a
recuperação. “Há dor nos quatro dias depois da operação”, explica o cirurgião
plástico Cláudio Bicudo, contando que é uma dor muscular, porque o músculo
precisa ser manipulado durante a cirurgia. Uma incisão de cinco ou seis
centímetros é feita entre os glúteos para colocar o silicone.
“Fica só uma marquinha no cofrinho, mal dá para ver”,
revela, dizendo que a operação é feita com anestesia geral e dura cerca de 90
minutos. O difícil é passar pelos primeiros dez dias de recuperação, quando só
é permitido dormir de lado. O bumbum ainda está muito sensibilizado. Sentar,
dirigir e trabalhar só depois deste período. E academia, assim como outras
atividades físicas mais pesadas, só depois de dois meses.
“Como toda plástica, o resultado nem sempre é
perfeito. Em casos de flacidez acentuada, pode ser preciso retirar um pouco da
pele também. O procedimento até pode ser realizado junto ao implante, mas a
cicatriz será maior” afirma o especialista.
As
próteses de 270 ml equivalem a 23% das mais procuradas; e as de 240 ml,
representam 13% da procura. Esse é o balanço da Silimed, fabricante de próteses
de silicone que detém cerca de 30% do mercado nacional.
Mas para quem não quer recorrer a procedimentos
cirúrgicos, tratamentos específicos não faltam no mercado. A ex Big Brother e
agora atriz e apresentadora Cida Moraes, malha há anos até três horas por dia: —
Gosto de malhar glúteos e pernas. A malhação vai evitar que o meu bumbum caia
no futuro — diz ela, que também sua o top com corridas e spinnings.
O professor de Educação Física e precursor da
hidroginástica no Brasil, J. Cléber, indica para aquelas que não podem ouvir
falar em musculação e muito menos cirurgias, mas não abrem mão do corpo dos
sonhos, algumas alternativas.
“Exercícios na água como a hidroginástica ou
mesmo a wyoa (evolução da hidroginástica sem música e com exercícios bem
localizados e em posição correta dentro da água) garantem uma melhora
considerável em glúteos e pernas. Nas aulas de ginástica localizada, uma boa
pedida são as variações GAP e jump. E para quem não tem condições de arcar com
uma academia, também há soluções. “Subir escada é um excelente exercício para
fortalecer glúteos e pernas. Se a pessoa estiver treinada, subir dois degraus
de cada vez é ainda melhor. Emagrece e modela”, explica J. Cléber.
Dr. Claudio Bicudo /
Cirurgia Plástica
Rua Miguel de Frias, 88 / 1201 Icaraí- Niterói/RJ
Telefone: (21)2620 4697
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Telefone: (21)
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