Ciclo
de Palestras vai reunir jornalistas, advogados e autoridades
No dia 22 de
maio (quarta-feira) às 19h, a Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Barra da
Tijuca, com apoio da Escola Superior de Advocacia (ESA)
Barra da Tijuca e da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro (CAARJ),
estará promovendo o Ciclo de Debates sob o tema: “Mídia, Judiciário e
Advocacia”, com abertura solene do presidente Ricardo Menezes, Palestrantes:
professor e diretor da ESA Barra da Tijuca, Cláudio Carneiro e do jornalista, Diretor
de Jornalismo da Rádio Tupi AM, Roberto
Feres, Orador jornalista e Decano, Titular da Comissão de Direitos Humanos da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Helio Fernandes, Moderador e
Expositor, jornalista, subeditor da Tribuna da Imprensa Online, e Assessor
Especial do Gabinete da Presidência da OAB/ Barra da Tijuca, Roberto Monteiro
Pinho, tendo como convidado Doutor Agostinho Teixeira,Presidente da Comissão de
Assuntos Institucionais e Comunitários da OAB / Barra da Tijuca e Diretor
Jurídico da Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca (ACIBARRA), e
dos jornalistas Denise Machado, Diretora de Jornalismo da Associação de
Imprensa da Barra (AIB), e Neri de Paula da Revista Barra Legal, entre outros.
Para o jornalista Roberto Monteiro o tema Mídia, Judiciário e
Advocacia se entrelaçam num contesto de poderes, sendo esses, pilares da
expressão, liberdade e democracia, da segurança jurídica e do acesso ao
judiciário, eis que esse último é em conformidade ao preconizado no artigo 133
da Carta Magna, “essencial para efetivação da justiça”. Caberá ao professor e
advogado, dirigente da ESA Barra, traçar a linha de atuação do advogado quanto
a publicidade dos seus percalços, quando da defesa do seu cliente junto ao
judiciário, tendo como alerta, o fato da dificuldade que encontra para
despachar com juízes, sendo este um enfrentamento cotidiano para os patronos
que militam no judiciário brasileiro. A exemplo de Monteiro, o advogado e
presidente da subseção,Ricardo Menezes defende a existência de Comitês de
imprensa livre, nos Fóruns e Tribunais, como forma de assegurar a publicidade
dos atos dos serventuários e magistrados. O jornalista Helio Fernandes indica
que a ABI possa gerir este papel junto aos tribunais, sendo essa um organismo
de direitos humanos e de livre arbítrio, cabe a ela este papel de observadora
no seio do judiciário brasileiro.
O tema é bastante concorrido, eis que em muitas situações na
tangente global, se pode citar recente entrevista do diretor de redação do
jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, onde acredita que a
mídia deveria se posicionar claramente sobre a linha ideológica e política que
segue. Doutor em Sociologia e professor de Teoria da Comunicação, o jornalista,
que comanda um periódico abertamente de esquerda, diz que não existe a tão
aclamada neutralidade da imprensa. A primeira
responsabilidade da imprensa é a precisão e a verdade. O grande problema na
América Latina é a concentração na mídia. Há seis famílias que controlam 70% da
imprensa no Brasil, mas o problema é muito pior em vários países. Na Suécia, 60%
da imprensa é controlada por uma editora. Na Austrália, 60% da imprensa escrita
é controlada por (Rupert) Murdoch. Portanto, quando falamos em liberdade de
expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma das coisas mais
importantes que a internet nos deu. Os dirigentes da ESA e OAB/ Barra da Tijuca
esperam com o tema alavancar uma nova situação e debate sobre essa questão que
está capitaneando o momento histórico universal.
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