Por:
Paula Pessoa Carvalho*
A Lei que proíbe os pais de baterem nos
filhos, conhecida
popularmente como “Lei da palmada”, foi aprovada em Dezembro de 2011 pela
Câmara dos Deputados por unanimidade e está em aprovação no Senado.
A Lei provoca muita confusão, revolta e
rejeição dos pais, principalmente pela falta de informação e forma distorcida
pela qual é transmitida pela mídia. Esta confusão de informações trás problemas
em nossa legislação podendo levar a júri inúmeros processos desnecessários
pois, a comunicação é precária e feita de forma incompleta, causando prejuízo a
população que deveria ser a maior interessada.
A Lei não prevê interferir na forma em
que os pais educam seus filhos, nem processar judicialmente uma mãe que educa
seu filho com todo amor, carinho, conforto e que lhe proporciona educação e
limites.
O texto também antecipa que não há
nenhuma punição para os pais como multas ou perda da guarda dos filhos mais
sim, pretende transformar o diálogo e o respeito em principais instrumentos de
educação para crianças e adolescentes, os colocando como personagem principal
no cenário da educação, onde muitas vezes é deixado em segundo plano, optando
por deixar a tradicional e cultural palmada de lado.
O Regulamento tem como objetivo proteger
crianças e adolescentes que sofrem lesões físicas importantes dentro de casa,
por seus pais ou cuidadores, e que se iniciam com uma na intenção de “educar”
que muitas vezes fogem ao controle, resultando em agressões físicas severas
que, podem sim causar problemas físicos e psicológicos, transformando crianças
em agultos agressivos e que aprendem que a única forma de aprender é
bater.
Os pais devem saber que a criança que
leva uma palmada por qualquer motivo, em primeiro lugar não aprende nada,
exceto que ela não tem como se defender do agressor e que essa é a forma que
ela vai aprender a resolver um conflito com um colega ou um problema com o
outro que está ao lado.
Isso porque ela é uma pessoa em desenvolvimento
e está aprendendo com os modelos que têm em casa, ou seja, com os pais,
colegas, a comunidade e a escola.
Dessa forma é importante pensarmos qual
será a principal ferramenta de aprendizado que queremos utilizar na educação de
nossas crianças: bater ou conversar para que elas não se tornem adultos
agressivos, pessoas que não sabem ter diálogo.
Se utilizarmos outros métodos para
ensinar, que não seja a palmada, poderemos ter adultos menos agressivos, que
tenham mais habilidade e repertório de diálogo e conseqüentemente uma sociedade
com menos violência.
*Paula Pessoa Carvalho é Psicóloga Comportamental -
CRP 6/96575
Especializanda
pela USP em - Terapia Clínica Analítico Comportamental.
Psicóloga com
formação em terapia analítico comportamental infantil pelo Núcleo Paradigma de
Análise do Comportamento.
Experiência com Orientação Psicológica, Famíliar, Educacional.
Atendimento clínico – Adulto e Infantil.
Pesquisadora do fenômeno Bullying.
Experiência com Orientação Psicológica, Famíliar, Educacional.
Atendimento clínico – Adulto e Infantil.
Pesquisadora do fenômeno Bullying.
Escritora de
artigos relacionados ao tema Bullying e Sexualidade Infantil.
Telefone: (11) 8526-2622
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