quarta-feira, 23 de maio de 2012

Você sabe o que é a Lei da Palmada?




Por: Paula Pessoa Carvalho*


A Lei que proíbe os pais de baterem nos filhos, conhecida popularmente como “Lei da palmada”, foi aprovada em Dezembro de 2011 pela Câmara dos Deputados por unanimidade e está em aprovação no Senado.
A Lei provoca muita confusão, revolta e rejeição dos pais, principalmente pela falta de informação e forma distorcida pela qual é transmitida pela mídia. Esta confusão de informações trás problemas em nossa legislação podendo levar a júri inúmeros processos desnecessários pois, a comunicação é precária e feita de forma incompleta, causando prejuízo a população que deveria ser a maior interessada.
A Lei não prevê interferir na forma em que os pais educam seus filhos, nem processar judicialmente uma mãe que educa seu filho com todo amor, carinho, conforto e que lhe proporciona educação e limites.
O texto também antecipa que não há nenhuma punição para os pais como multas ou perda da guarda dos filhos mais sim, pretende transformar o diálogo e o respeito em principais instrumentos de educação para crianças e adolescentes, os colocando como personagem principal no cenário da educação, onde muitas vezes é deixado em segundo plano, optando por deixar a tradicional e cultural palmada de lado.
O Regulamento tem como objetivo proteger crianças e adolescentes que sofrem lesões físicas importantes dentro de casa, por seus pais ou cuidadores, e que se iniciam com uma na intenção de “educar” que muitas vezes fogem ao controle, resultando em agressões físicas severas que, podem sim causar problemas físicos e psicológicos, transformando crianças em agultos agressivos e que aprendem que a única forma de aprender é bater. 
Os pais devem saber que a criança que leva uma palmada por qualquer motivo, em primeiro lugar não aprende nada, exceto que ela não tem como se defender do agressor e que essa é a forma que ela vai aprender a resolver um conflito com um colega ou um problema com o outro que está ao lado.
Isso porque ela é uma pessoa em desenvolvimento e está aprendendo com os modelos que têm em casa, ou seja, com os pais, colegas, a comunidade e a escola.
Dessa forma é importante pensarmos qual será a principal ferramenta de aprendizado que queremos utilizar na educação de nossas crianças: bater ou conversar para que elas não se tornem adultos agressivos, pessoas que não sabem ter diálogo.
Se utilizarmos outros métodos para ensinar, que não seja a palmada, poderemos ter adultos menos agressivos, que tenham mais habilidade e repertório de diálogo e conseqüentemente uma sociedade com menos violência.


*Paula Pessoa Carvalho é Psicóloga Comportamental -
CRP 6/96575

Especializanda pela USP em - Terapia Clínica Analítico Comportamental.
Psicóloga com formação em terapia analítico comportamental infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.
Experiência com Orientação Psicológica, Famíliar, Educacional. 
Atendimento clínico – Adulto e Infantil. 
Pesquisadora do fenômeno Bullying.
Escritora de artigos relacionados ao tema Bullying e Sexualidade Infantil.
Telefone: (11) 8526-2622



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