Governador, representantes da sociedade civil, prefeitos e parlamentares participam da manifestação“ Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio”
Foto aéreas do Cristo Redentor com a faixa:
'Contra a injustiça em defesa do Rio'
Foto:Shana Reis
Foto:Shana Reis
O governador Sérgio Cabral participa
hoje, ao lado de representantes da sociedade civil, parlamentares e prefeitos,
do ato público “Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio”. A concentração para a
passeata contra a nova distribuição dos royalties do petróleo será na
Candelária, às 15h. A expectativa é de que mais de 100 mil pessoas participem
da caminhada, que será feita pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.
Em reunião
preparatória para a manifestação, na última segunda-feira, o governador Sérgio
Cabral lembrou que a nova distribuição dos royalties do petróleo é
inconstitucional.
- O que
está em jogo é um princípio democrático, é um princípio de justiça, de respeito
às leis, de respeito às normas constitucionais, de respeito ao pacto federativo
- disse o governador.
Na
passeata, os manifestantes atravessarão a Avenida Rio Branco acompanhados de
trios elétricos, como aconteceu no ato público realizado em 2010 para protestar
contra a emenda Ibsen Pinheiro, que faria com que o Estado perdesse R$ 7,3
bilhões por ano. Agora, o protesto é contra o projeto do senador Vital do Rêgo,
aprovado pelo Senado em outubro, que prevê a redução da parte que cabe à União,
aos estados e aos municípios produtores e o aumento, gradativo, dos entes
federativos não produtores. A proposta será levada à Câmara dos Deputados,
para, em seguida, ser ou não sancionada pela presidenta Dilma Rousseff.
O
procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, afirmou que a nova legislação vai
de encontro à constituição do país.
- Do ponto
de vista jurídico, é completamente inconstitucional. É uma legislação afrontosa
à lei maior e temos a certeza de que no Supremo Tribunal Federal, o guardião da
lei maior, isso não passará. Afinal, é uma afronta à nossa constituição federal
- explicou.
Segundo
dados do governo estadual, o Rio de Janeiro vai perder, já em 2012, cerca de R$
3,3 bilhões. Para o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o prejuízo para as cidades
será enorme.
- No mínimo
por 10 anos, o governo estadual e as prefeituras vão sofrer e penar. Vão
quebrar os 92 municípios e mais os do Espírito Santo e mais os de São Paulo.
Isso é de uma gravidade, de uma violência. Temos que mostrar isso ao Congresso
Nacional e à população - afirmou Pezão.
Propostas
dos estados produtores
Os governos do
Rio e do Espírito Santo defendem que não haja perda de receita aos estados
produtores e que os não-produtores recebam parte da participação especial (PE)
do pós-sal até que o pré-sal comece a gerar royalties. O acordo prevê a
redistribuição dos royalties da União em campos do pós-sal; o repasse dos
critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de
Participação dos Estados (FPE); a transferência de royalties e PE das áreas já
licitadas do pré-sal; e a monetização dos campos já descobertos, como o da
Libra.
Projeto
Lula
Os produtores
apóiam o projeto de lei 8.051, criado por Lula, para quando os campos do
pré-sal estiverem produzindo, além da preservação dos contratos já feitos. O
projeto propõe uma nova repartição dos royalties a partir dos futuros contratos
de exploração a serem firmados pela União e não mais de concessão. A proposta
da PL 8.051 é ampliar o volume de recursos destinados aos estados e municípios
onde não acontece a exploração do petróleo, porém mantém a maior parcela aos
produtores.
Fonte: Notícias do Governo
do Estado
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