domingo, 27 de novembro de 2011

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro promove campanha de conscientização sobre a arteriosclerose




Doença inflamatória crônica será tema da VII Semana Estadual de Saúde Vascular


O nome é um pouco complicado, mas a verdade é que a arteriosclerose é uma doença grave e uma das maiores responsáveis por mortes, todos os anos, nos países ocidentais. Cerca de 10% da população mundial acima de 50 anos manifesta clinicamente esse problema. Para chamar a atenção sobre os perigos da arteriosclerose e orientar sobre as formas de prevenção, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ) realiza, em todo o estado, a sua VII Semana Estadual de Saúde Vascular. As ações ocorrem entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro. Para sensibilizar a população do Rio sobre a importância de cuidarmos da saúde dos vasos, serão fixados painéis informativos nas estações de metrô: Carioca, Uruguaiana, Siqueira Campos, São Francisco Xavier e Central.
 A arteriosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas (placas compostas especialmente de lipídeos e tecido fibroso) nos vasos sanguíneos. “O grande problema é que essas placas podem se acumular e acabar reduzindo ou até mesmo impedindo o fluxo de sangue dentro dos vasos. Nesse caso, a irrigação dos tecidos e orgãos do corpo humano fica seriamente comprometida e há risco de morte” explica o angiologista Manuel Julio Cota, presidente da SBACV-RJ.

Consequências da arteriosclerose
Quando as placas se formam nas artérias responsáveis por oxigenar o cérebro, as chamadas carótidas, há risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame, como é conhecido popularmente. É importante destacar que oAVC é responsável por um altíssimo número de mortes e casos de incapacidade de longo prazo no Brasil. No caso da obstrução das artérias coronárias, que são os vasos que irrigam o coração, as consequências podem ser: dor no peito, angina e até infarto. Manuel Julio lembra que o entupimento dos vasos que levam o sangue para as pernas pode causar dor ao caminhar, claudicação intermitente e gangrena. “Já quando são obstruídas artérias que irrigam os rins, há risco de complicações graves e até morte”, ressalta o presidente da SBACV-RJ.

O que fazer quando há suspeita de arteriosclerose?
Como o problema pode impedir a circulação do sangue para diferentes órgãos, os sintomas também variam em função da região afetada, e normalmente só aparecem quando os vasos sanguíneos estão prestes a ficar completamente obstruídos. Os sintomas mais comuns são:
- Dilatações de algumas áreas dos vasos sanguíneos
- Dor no peito (do tipo “facada”)
- Dores fortes na cabeça
- Dores nos braços e pernas, além de cansaço

Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da arteriosclerose são: hipertensão (pressão alta), Diabetes Mellitus e hiperlipidemia (colesterol alto). Além desses fatores, existem outros aspectos, ligados a maus hábitos de saúde, que influeciam diretamente no acúmulo de ateromas no interior dos vasos. São eles: falta de atividade física, obesidade, tabagismo e ingestão excessiva de álcool.

Prevenção
Infelizmente, qualquer pessoa pode sofrer de arteriosclerose, mas manter hábitos saudáveis ajuda a reduzir os riscos de maneira significativa. O presidente da SBACV-RJ dá algumas dicas de como evitar/diminuir o desenvolvimento das placas de gordura nas artérias:
·         Pratique atividades físicas regularmente
·         Adote uma dieta com baixo teor de gordura e colesterol
·         Mantenha a glicose sob controle
·         Abandone o cigarro
·         Tenha seu peso sempre sob controle
“Também é recomendável fazer visitas anuais ao angiologista, independente da existência de sintomas. Este tipo de atitude traz boas oportunidades de diagnóstico da arteriosclerose, ainda em estágios iniciais. Prevenir é sempre o melhor caminho”, orienta o médico.

Tratamento
No caso da arteriosclerose, o tratamento consiste na retirada das placas de gordura presas nas paredes das artérias. Depois, é preciso curar as lesões que ficam no local. Isso é feito por cirurgia, o cateterismo, a angioplastia a laser, e alguns medicamentos, além de atividade física.

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