segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Audiência Pública discute carência no serviço de pediatria nas maternidades cariocas



A Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara do Rio de Janeiro realizou, no dia (06/09), no Plenário da Casa, uma audiência pública para analisar a carência do serviço de pediatria nas maternidades públicas do Município. Durante o encontro os vereadores destacaram a preocupação com o déficit de médicos especializados nos diversos segmentos da pediatria e questionaram a má gestão dentro dos hospitais. Os parlamentares apresentaram dados comprovando que houve uma queda de 14% na procura por cursos oferecidos pela prefeitura para capacitação e atualização de profissionais nas suas respectivas áreas. 
“As unidades hospitalares estão com menos pediatras, não há incentivo para essa especialidade na medicina. Ainda assim, transferem profissionais para unidades diversas e em determinados casos, médicos especialistas substituem o atendimento ao público para ocupar cargos administrativos, o que diminui ainda mais os profissionais na ativa” relata o vereador Tio Carlos (DEM-RJ). 
Para o subsecretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, João Luiz Ferreira, a questão salarial não é o principal fator da crise de recursos humanos que os hospitais estão enfrentando. “Os médicos têm que cumprir as necessidades requisitadas pela lei e atender às demandas da população, o que não vem acontecendo”, esclarece o médico. 
De acordo com o presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, Dr. Edson Liberal, a solução para essa carência está no concurso público com salário decente. Segundo ele, há 11 anos a jornada de trabalho de 40h semanais vem sendo utilizada como tentativa de reduzir a ausência dos pediatras em diferentes unidades hospitalares. “A não ligação, assim como o sistema contratual entre o profissional e a instituição, prejudica no tratamento do paciente. O concurso garante a presença contínua e mantém o vínculo do médico com a sociedade, já que a pediatria é baseada em acompanhamento”, lembra Dr. Edson. 
“A medicina é dinâmica e por isso há necessidade de uma eterna busca pelo conhecimento. Os médicos têm que estar sempre preparados para ocasiões adversas” argumenta Dr. Eduardo Moura, vogal da Comissão. 
João Luiz Ferreira informou que para suprimir de imediato os 1200 médicos ausentes nos hospitais da rede municipal, está sendo proposto um concurso público para preencher 1700 vagas. 

 

Fonte: Portal da Câmara Municipal do Rio de Janeiro 

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