terça-feira, 24 de maio de 2011

Convênio entre Estado e Perinatal já salvou a vida de 272 crianças com problemas cardíacos

Equipamentos de ponta, médicos especializados e atendimento de emergência garantem taxa de sobrevida de 93%


Foto: Vanor Correia 


Aos três meses de idade, Sofia Siqueira foi diagnostica com insuficiência mitral congênita, doença cardíaca que causa pneumonias recorrentes. Depois de passar por várias internações, ela foi encaminhada, no último domingo (22/5), para o maior e mais moderno hospital materno-infantil do Rio de Janeiro, a Perinatal Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Na tarde desta terça-feira (24/5), Sofia foi operada após 60 dias de espera e se tornou a 272ª criança a ter sua vida salva graças ao convênio assinado há um ano e seis meses entre a Secretaria de Saúde e Defesa Civil e o Grupo Perinatal.
 - A Sofia ficou entre a vida e a morte. Quando soube da doença fiquei muito nervosa. Em uma cirurgia como está gastaria cerca de R$ 40 mil e não teria condições de pagar. Esta parceria mudou tudo. Recebemos todo o suporte do governo, que nos trouxe de ambulância de Petrópolis, onde moramos, até o hospital. Minha filha está sendo operada, mas a confiança nos médicos é tão grande que não estou nem um pouco nervosa. Agora, sei que ela levará uma vida normal - contou a mãe de Sofia, Gilcilene Siqueira.
 Preparada para voltar para casa, em Angra dos Reis, a dona de casa Jasllana Mamede não escondia a felicidade de ver seu filho Messias recuperado. Com 1 ano e 1 mês, Messias passou na semana passada por uma cirurgia de correção definitiva de cardiopatia congênita, que fazia com que seus pulmões se enchessem de sangue. Depois de seis horas de intervenção cirúrgica, que custa em média R$ 30 mil na rede privada, o pequeno já está pronto para voltar para sua rotina e seus três irmãos.
 - Meu filho esperou um ano para operar. Nunca imaginei que ele fosse fazer a cirurgia, mas depois de descobrir o programa tudo aconteceu muito rapidamente. Foi muito difícil vê-lo doente e precisando de ajuda, me deu medo. Ao chegar à Perinatal e ver todo o aparato moderno que tinham para salvar a vida do Messias, minhas esperanças foram renovadas. Graças a Deus, meu filho saiu bem da sala de operações e está bem, ele renasceu - disse Jasllana.

Programa atende a 35% da demanda do Estado

Por meio do Programa de Cirurgia Cardíaca Neonatal e Pediátrica da Secretária de Saúde e do Grupo Perinatal, 35% da demanda do Estado do Rio já foi atendida. Os equipamentos de última geração e os médicos especializados da instituição, assim como o atendimento de emergência disponibilizado pela Secretaria de Saúde, com helicópteros e ambulâncias para transporte de pacientes, são importantes para que a taxa de sobrevida após as cirurgias, de 93%, esteja entre as melhores em todo o mundo.
 - Pacientes de vários municípios fluminenses, como Saquarema e Campos, por exemplo, já foram encaminhados à Perinatal. Poucos hospitais no país oferecem serviços de qualidade como o grupo, e os números comprovam o sucesso do programa. Além do convênio com a Perinatal, o governo conta com a parceria de outros 20 hospitais particulares, que disponibilizam 230 leitos em UTIs neonatais - afirmou o subsecretário de Atenção à Saúde, Alfredo José Monteiro Scaff.
Os pacientes beneficiados pela parceria são encaminhados pela Central de Regulação de Vagas para a Perinatal da Barra da Tijuca automaticamente quando não há vagas no Instituto de Cardiologia de Laranjeiras, que através do SUS no Rio já operou 420 crianças com problemas cardíacos. Uma equipe de 11 cirurgiões, enfermeiros e instrumentistas se dedica a operar mensalmente cerca de 25 pacientes entre recém-nascidos e jovens de 18 anos, vindos de hospitais estaduais e municipais de todo o estado.
 - Na Perinatal, temos uma infraestrutura diferenciada: há leitos separados por pacientes e monitoramento especializado para um acompanhamento pós e intra operatório para garantir os bons resultados. Temos todos os recursos para fazer cirurgias complexas. Por ano, mil pacientes nascem cardiopatas e apenas 300 são atendidos. Sem o convênio com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, muitas crianças estariam condenadas - explicou a coordenadora do Programa de Cirurgia Cardíaca Neonatal e Pediátrica, Sandra Pereira.


Fonte: Notícias do Governo do Estado
Por: Marcelle Colbert

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