terça-feira, 21 de junho de 2011

Estado recupera áreas de risco dentro do Complexo do Alemão


Serão investidos R$ 107 milhões em obras de contenção e construção de habitações


                                                                       Foto: Divulgação 



O Governo do Estado vai licitar nos próximos meses obras de recuperação das áreas de risco do Complexo do Alemão destruídas pelas chuvas de abril do ano passado e cujos moradores, num total de 1.250 famílias, foram removidos. As obras devem começar este ano e ficarem prontas em 12 meses. O governo federal já autorizou o repasse de R$ 107 milhões de complemento ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 para financiar os projetos de contenção das encostas, urbanização de áreas condenadas e construção de novas habitações. 
Mapeadas pela Geo-Rio, da prefeitura da cidade, essas áreas não poderão mais ser habitadas e se transformarão em praças, áreas de lazer ou serão replantadas. Parte das 1.250 famílias removidas foi colocada em unidades habitacionais construídas pelo PAC 1 e quem ainda não foi recebe aluguel social enquanto espera ganhar uma moradia definitiva. 
Essas famílias não estavam incluídas na área de atuação do PAC 1, mas foram atendidas emergencialmente pelo Estado em conseqüência da calamidade causada pelas enchentes. A coordenadora dos projetos sociais do PAC, vinculado à Casa Civil do Estado, Ruth Jurberg, disse que o processo de cadastramento para posterior realocação nas unidades habitacionais foi semelhante ao aplicado com as famílias do PAC. 
Logo após a remoção, elas ficaram abrigadas em casas de parentes ou na vila olímpica, mas cerca de 150 delas já moram no conjunto da Poesi, inaugurado em julho do anjo passado, e mais 592 foram alocadas no final de 2010 nos condomínios Jardim Acácias e Jardim Palmeiras, construídas ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, e comprados pelo Governo do Estado. Atualmente, 330 famílias recebem aluguel social e quase 180 ainda não foram cadastradas.
Parte dessas 330 famílias será colocada no novo conjunto habitacional com 192 apartamentos que a Empresa de Obras Públicas (Emop), responsável pelas obras do PAC no Alemão, começou a construir em um terreno na localidade de Heliogás, ao lado da UPA, ainda com recursos do programa federal. A obra deverá ser entregue em dezembro deste ano. O restante dessas famílias, as quase 200 que ainda não foram cadastradas e as 400 que vivem em um prédio abandonado da antiga fábrica da Skol, na Avenida Itaóca, serão alocadas no conjunto habitacional com 1.200 apartamentos que será construído no lugar.
– O prédio, que virou um escombro depois de pegar fogo e foi invadido por essas famílias, será demolido e no lugar construído um novo – completou Ruth Jurberg.
Segundo ela, os recursos emergenciais beneficiarão, ao todo, sete áreas de risco todas já desocupadas: os morros do Adeus, do Alemão e da Fazendinha e as localidades de Pedra do Sapo, Skol, Esperança e Kanitar. A Vila Paloma, cujas casas eram completamente alagadas durante as enchentes, é a única área de risco fora deste pacote emergencial, porque, incluída no PAC 1, já foi recuperada e transformada na Praça de Vila Paloma.
Segundo o coordenador das obras do PAC no Complexo do Alemão, Samir Mansur, após remanejamento das famílias que ali viviam, a Emop demoliu 120 residências, fez a limpeza da área, executou obras de infraestrutura urbana, como a canalização do córrego que corria entre as casas, e instalou redes de abastecimento de água potável e de captação de esgoto sanitário na comunidade do entorno, além de plantar palmeiras e construir pergulados de madeira, criando um espaço de convivência e lazer.
No Morro do Adeus, em Bonsucesso, a Emop acaba de iniciar as obras de contenção da encosta mesmo sem realizar licitação dos projetos financiados com os recursos emergenciais. O engenheiro Flávio Góes, do consórcio responsável pelas obras, disse que, depois da remoção dos moradores e da limpeza do lugar , será feita agora uma proteção de toda encosta Leste do morro.
- Estamos com um projetista analisando a estabilidade da encosta. Na parte onde havia as casas demolidas, faremos a recomposição da cobertura vegetal com uma biomanta, ideal para um encosta muito íngreme como aquele lugar – explicou o engenheiro, que calcula terminar as intervenções em 60 dias.
Segundo Ruth Jurberg, seja em decorrência de remoção de áreas de risco ou para construção de obras do PAC, foram realocadas no Complexo do Alemão até agora 3.035 famílias e construídas 970 unidades habitacionais, além das 592 apartamentos dos condomínios Jardim Acácias e Jardim Palmeiras, construídas no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida e compradas pelo Governo do Estado.
Nos três complexos atendidos pelo PAC 1, Rocinha, Manguinhos e Alemão, já foram realocadas 6,.294 famílias e construídas 2.502 unidades habitacionais.

Fonte: Notícias do Governo do Estado do Rio de Janeiro
Por: Guedes de Freitas

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