terça-feira, 28 de junho de 2011

Prefeitura do Rio e IAB anunciam o vencedor do concurso Porto Olímpico


Projetos serão implantados na construção das instalações olímpicas da Região Portuária

Foto: J.P.Engelbrecht


O prefeito Eduardo Paes e o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães, anunciaram na manhã desta terça-feira, dia 28, o resultado do concurso nacional Porto Olímpico, que selecionou os melhores projetos para a construção das instalações olímpicas previstas para a Região Portuária.
Do total de 83 equipes participantes e mais de mil arquitetos envolvidos, quatro projetos foram selecionados e premiados. O vencedor do concurso foi o projeto do arquiteto João Pedro Backheuser, desenvolvido em parceria com um escritório de Barcelona, seguido do trabalho de Roberto Alfalo (2º lugar), Francisco Espadone (3º lugar) e Jorge Jauregui (4º lugar). A premiação é de R$ 80 mil para o 1º lugar, R$ 35 mil (2º lugar), R$ 25 mil (3º lugar) e R$ 20 mil (4º lugar).
- O resultado desse concurso significa que nós estamos fazendo uma olimpíada que serve para a cidade do Rio de Janeiro e não se serve só da cidade. Ela vai se servir de todas as maravilhas do Rio, mas vai deixar muito mais do que vai levar da gente. O fantástico dessa história é que é um escritório carioca, associado a um escritório de Barcelona, que é o nosso modelo, o nosso exemplo – disse Paes.
O projeto vencedor terá execução mínima garantida de 40%. A Prefeitura do Rio também poderá utilizar partes dos outros três projetos premiados, caso considere apropriado. A comissão julgadora do concurso foi formada por nove arquitetos representantes da Prefeitura, do Comitê Rio 2016, da Companhia de Desenvolvimento da Região Portuária (CDURP), e do IAB.
O presidente do IAB, Sérgio Magalhães, disse que o Porto Olímpico é uma nova direção que os arquitetos brasileiros estão procurando construir.
- Mais de mil colegas se esforçaram para demonstrar essa viabilidade. Implantar na área central da cidade um complexo residencial e comercial que tenha a marca olímpica significa trazer novamente para o Centro do Rio de Janeiro uma expressão de contemporaneidade e sobretudo de futuro, que a marca olímpica de certo modo implica. O Porto Olímpico será um ambiente arquitetônico de diversidade, de multiplicação de possibilidades de convívio, de mescla entre habitação, serviços, comércio, em um lugar central, bem conectado com as redes de infraestrutura e de transporte. Justamente o que a arquitetura brasileira tem defendido nas últimas décadas.
Os participantes do concurso tiveram o desafio de projetar 850 mil metros quadrados de área construída, em terrenos com área equivalente a 17 quarteirões. Os trabalhos incluem os seguintes projetos para a região do Porto do Rio:
Vila de Mídia e Vila de Árbitros – Cerca de 11 mil quartos, com serviços, facilidade e acessibilidade que garantam a confortável hospedagem dos usuários.

Centro de Convenções – De médio porte, cerca de 50 mil metros quadrados destinados a exposições e salas de convenções.

Espaço para equipamentos olímpicos temporários – Centro de Mídia Não Credenciada, Centro Principal de Operações (MOC), Centro Operacional de Tecnologia (TOC), Centro de Distribuição de Uniformes (UAC), Centro Principal de Distribuição (MDC) e Centro Principal de Credenciamento (MAC).

Hotel – Integrado ao Centro de Convenções, terá 500 quartos e padrão cinco estrelas.

O prefeito Eduardo Paes ressaltou a importância de viabilizar projetos olímpicos através do setor privado:
- A Prefeitura já viabilizou a Parceria Público Privada do Porto Maravilha e agora o Porto Olímpico também vai se concretizar através de uma parceria com o setor privado, sem que a prefeitura tenha que gastar dinheiro público.
 Como a principal diretriz do concurso era o legado para a cidade, a possibilidade de utilização futura – residencial e comercial – foi um dos fatores que determinaram o resultado.
O arquiteto e vencedor do concurso João Pedro Backheuser explicou sobre o projeto dele e comentou a parceria com um escritório de Barcelona:
- O nosso projeto tem uma contribuição muito grande para a cidade e para a integração da malha urbana. O potencial do nosso projeto é a questão das áreas públicas. A gente oferece áreas que normalmente são privadas para a cidade. O conjunto do projeto é bom. A experiência de Barcelona é inquestionável. Na história dos jogos olímpicos, Barcelona é o melhor exemplo de como a cidade pode se servir dos jogos. Buscar o parceiro em Barcelona foi uma solução estratégica para a revitalização desta parte da cidade. 
 As construções serão erguidas em terrenos da União, que serão vendidos ao Município, em um total de 850 mil metros quadrados. Os empreendimentos também contarão com 6.500 vagas, sendo cerca de 2 mil para o centro de convenções (automóveis e ônibus de turismo) e 4.500 para as moradias.
Todos os projetos do concurso estarão em exposição até o dia 29 de julho, no saguão da sede do IAB –RJ (Rua do Pinheiro, 10), no Flamengo.


Fonte: Portal Prefeitura do Rio de Janeiro
                                                                                                                                Por:  Anna Beatriz Cunha

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